O vídeo aborda o problema do Libre-arbítrio (possibilidade de escolha e autodeterminação) através do elencar de várias possibilidades de resposta. Assim, confrontados com a questão, podemos ter:
- A tentação para a ignorar.
- Razões para defender o determinismo (ausência/recusa do Livre-arbítrio): Se Deus, criador do universo e de tudo quanto existe, é omnipotente e omnisciente a ponto de saber o que nós (humanos) iremos realizar (futuro), então como podemos agir livremente? Não seremos meras marionetas nas mãos de Deus? Por outro lado, aceitando nós que todas as coisas no mundo (incluindo os seres humanos) são regidas pelas leis da física, que têm como causa primeira o Big Bang, que espaço sobra para a liberdade?
Nestas duas situações, o ser humano não age de acordo com a sua vontade mas de acordo com causas que lhe são exteriores. Estando o ser humano condicionado não é livre de agir como quiser. - Razões para refutar o determinismo: A física quântica diz-nos que, ao nível das partículas quânticas, os fenómenos sucedem-se de forma aleatória. Os factos não ocorrem segundo uma regularidade mas ao acaso. Esta perspectiva não permite compreender as causas ou razões/motivos do agir humano, porque simplesmente não existem.
Da abordagem anterior resulta que qualquer destas respostas é no entanto insatisfatória. Embora esclareçam a dimensão físico-biológica que constitui o ser humano, são no entanto redutoras no que concerne à sua dimensão pessoal. O ser humano, enquanto indivíduo, não está totalmente determinado pelas condições da sua existência (físico-biológica e sociocultural) tendo “espaço para a escolha e para a responsabilidade na tentativa de [se] compreender”.
