Os raciocínios, quando expressos e materializados no discurso, constituem enunciados argumentativos (argumentos) através dos quais podemos encadear proposições (juízos) para assim chegar a uma determinada conclusão.
De forma simples, podemos considerar que existem três tipos de argumentos:
- Dedutivo: “argumento cuja validade depende unicamente da sua forma lógica, ou da sua forma lógica juntamente com os conceitos usados.
− Exemplo em que a validade depende da sua forma lógica: “Se os animais têm direitos, têm deveres; dado que não têm deveres, não têm direitos”. A forma, neste caso, é: “Se P, então Q; não Q; logo, não P”.
− Exemplo em que a validade depende da sua forma lógica juntamente com os conceitos usados: “A neve é branca; logo, tem cor”.
Nota: como podemos ver no seguinte exemplo: “Alguns filósofos são gregos; logo, alguns gregos são filósofos”, não é verdade que neste tipo de argumentos se parta sempre do geral para o particular.” (In, http://www.defnarede.com/d.html, [Adaptado]).
“Raciocínio pelo qual de uma ou mais proposições conhecidas (antecedente) se conclui necessariamente uma proposição desconhecida (consequente) nelas, de algum modo, incluída e implicada.” (M. Costa Freitas, in Enciclopédia Logos).
- Indutivo: “termo usado para falar de dois tipos diferentes de argumentos: as generalizações e as previsões.
− Uma generalização é um argumento cujas premissas são menos gerais do que a conclusão. Por exemplo: “Alguns corvos são pretos; logo, todos os corvos são pretos”.
− Uma previsão é um argumento cujas premissas se baseiam no passado e cuja conclusão é um caso particular. Por exemplo: “Todos os corvos observados até hoje são pretos; logo, o corvo do João é preto”.” (In, http://www.defnarede.com/d.html, [Adaptado]).
“Forma de argumento em que a verdade das premissas não basta para assegurar a verdade da conclusão; isto é, no argumento indutivo, a conclusão não surge como consequência necessária (lógica) das premissas.” (L. Hegenberg, Iniciação à Lógica e à Metodologia das Ciências).
- Analógico: “consiste em estabelecer uma relação de semelhança entre coisas distintas.” (In, http://www.defnarede.com/d.html, [Adaptado]).“A analogia (…) baseia-se na comparação de objectos de duas espécies diversas. (…) Objectos de uma espécie são bastante semelhantes, sob certos aspectos, a objectos de outra espécie. (…) Por analogia, sendo os objectos das duas espécies muito parecidos, sob certos aspectos, conclui-se que eles serão parecidos em relação a outros aspectos. Logo, os objectos da segunda espécie também apresentam aquela propriedade que se sabe estar presente nos objectos da primeira espécie.” (Wesley Salmon, Lógica).